A mãe, a filha e o doutor (The mother, the daughter and the doctor)

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​Mãe e filha foram juntas ao médico. A mais jovem, a filha foi para acompanhar sua mãe, a senhora. Ao entrarem na sala, a senhora logo se decepcionou  com a aparência do doutor. Ele era muito mais velho do que ela imaginava e ela notou que os equipamentos e decoração da sua sala pareciam representar muito bem sua idade. Ela começou a se questionar se tinha feito uma boa escolha. Será que a mente dele estava funcionando direito para saber o que estava fazendo? - Ela pensava enquanto ele falava. 

Enquanto o doutor iniciava os exames, a filha, sentada na cadeira em frente a mesa do doutor, observava seus diplomas na parede. Viu em um dos diploma a foto de um jovem sorrindo, provavelmente muito feliz por ter concluído seus estudos e estar pronto para exercer a profissão. Então ela sentiu uma imensa gratidão por esse ser humano que escolheu essa profissão tão nobre. Pois ela mesma jamais teria escolhido ser médica, nunca sentiu vocação pra isso. Nesse momento foi tomada por uma imensa gratidão por todas as pessoas no mundo que escolheram estudar muito e depois trabalhar ajudando outras pessoas para que seus corpos funcionem melhor! E seu coração se encheu de amor e respeito por aquele doutor que estava ali fazendo os exames em sua mãe. E ela imaginou quanta sabedoria havia naquele homem, quantas experiências já vividas e quantas pessoas já havia ajudado. Então ela sentiu que sua mãe tinha feito uma boa escolha. 

O doutor por sua vez, ao finalizar os exames, ao invés de explicar o diagnóstico olhando diretamente para a senhora, ele olhava e explicava para a filha, como se somente ela fosse capaz de compreender. A filha ouvia mas não conseguia parar de pensar o quanto sua mãe era inteligente e independente e portanto estava compreendendo tudo. Será que o doutor estava subestimando a capacidade de uma mulher à sua frente, pelo simples fato de estar acompanhada de uma mulher mais jovem e por ter cabelos brancos?  
Ao saírem da clínica, as duas mulheres, dois seres humanos únicos e distintos tinham também sentimentos diferentes - a filha sentia ainda mais gratidão pelo diagnóstico positivo com algumas poucas recomendações e inclusive o estado de saúde de sua mãe havia sido elogiado pelo doutor.
Já a senhora, parecia não estar tão feliz, sua crença inicial e desconfiança pela idade avançada do médico a fazia pensar que ele não tinha conseguido encontrar o problema. Será que, um diagnóstico negativo no final teria melhorado a impressão que a senhora teve do médico e ela teria saído da consulta "sentindo-se melhor". 

Reflexão...

Será que você está dando o devido valor às pessoas mais velhas? Honrando sua sabedoria, seu tempo de vida, suas experiências? Será que você consegue aprender com elas? Ou será que você acredita que a idade avançada é sinal de desvantagem, desmerecimento?
Será que você está deixando que suas crenças bloqueiem sua gratidão pela vida e pela saúde que tem?
As crenças definem quem você é, elas criam seu paradigma. Elas criam sua realidade. Se você tem a crença de que pessoas velhas são “gagás”, esquecidas, inúteis, incapazes, você está criando essa realidade para si mesma pois é assim que as pessoas se sentirão ao olhar para você no futuro, ou hoje mesmo, dependendo da sua idade. 

As crenças muitas vezes são compartilhadas entre os membros de uma família e  passadas de geração a geração. Mas elas podem e devem ser transformadas! Você tem a responsabilidade de criar sua própria história alinhada à sua verdade, e sua história pode ser totalmente diferente da história de sua família. 

Limpe-se, liberte-se de suas crenças. 

The mother, the daughter and the doctor

​Mother and daughter went to the doctor together. The youngest, the daughter, went to accompany her mother, the old lady. When they entered the room, the old lady was immediately disappointed by the doctor's appearance. He was much older than she had imagined and she noticed that the equipment and decoration in his room seemed to reflect his age very well. She began to wonder if she had made a good choice. Was his mind working properly to know what he was doing? - She thought as he spoke.

While the doctor was starting the exams, the daughter, sitting on the chair in front of the doctor's desk, looked at his diplomas on the wall. She saw on one of the diplomas a photo of a young man smiling, probably very happy to have completed his studies and be ready to practice the profession. Then she felt immense gratitude for this human being who chose such a noble profession. Because she herself would never have chosen to be a doctor, she never felt a calling for it. At that moment she was overcome with immense gratitude for all the people in the world who chose to study hard and then work helping other people so that their bodies function better! And her heart was filled with love and respect for the doctor who was there doing the tests on her mother. And she imagined how much wisdom there was in that man, how many experiences he had already lived and how many people he had already helped. Then she felt that her mother had made a good choice.

The doctor, in turn, when finishing the exams, instead of explaining the diagnosis looking directly at the woman, he looked and explained to the daughter, as if only she were capable of understanding. The daughter listened but could not stop thinking about how intelligent and independent her mother was and therefore she was understanding everything. Could the doctor have underestimated the capacity of the old lady in front of him, simply because she was accompanied by a younger woman and because she had white hair?

When they left the clinic, the two women, two unique and distinct human beings, also had different feelings - the daughter felt even more grateful for the positive diagnosis with a few recommendations and her mother's health had even been praised by the doctor.

The old lady, on the other hand, seemed not to be so happy, her initial belief and distrust due to the doctor's advanced age made her think that he had not been able to find the problem. Which leads us to think that a negative diagnosis in the end would probably have improved the impression that the woman had of the doctor and she would have left the appointment "feeling better".

Reflection...

Are you giving due value to older people? Honoring their wisdom, their lifespan, their experiences? Can you learn from them? Or do you believe that old age is a sign of disadvantage or worthlessness?

Are you letting your beliefs block your gratitude for the life and health you have?

Beliefs define who you are, they create your paradigm. They create your reality. If you believe that old people are “old,” forgetful, useless, incapable, you are creating this reality for yourself because that is how people will feel when they look at you in the future, or even today, depending on your age.

Beliefs are often shared among family members and passed down from generation to generation. But they can and should be transformed! You have the responsibility to create your own story aligned with your truth, and your story may be completely different from your family’s story.

Cleanse yourself, free yourself from your beliefs.